As diferenças na degustação de vinho horizontal e vertical

Embora sejam expressões bastante comuns em encontros de enofilia, e não representem nenhuma dificuldade para se entender, certamente não são comuns para a maioria das pessoas. Por isso, vamos compreender em que consiste as degustações horizontais e as degustações verticais.

Degustação horizontal

Em sentido geral, na degustação horizontal, os vinhos servidos são de diferentes vinícolas, mas de mesma categoria, produzidos na mesma região, a partir de uma mesma variedade de uvas e de uma mesma safra. Daí se obtém a ideia de horizontalidade da degustação.

Este tipo de exercício permite apurar a percepção das características imanentes de cada vinho. Na mesma medida, é possível perceber a presença comum de determinadas características em vinhos de diferentes vinícolas, em função de algum fator que alterou as uvas produzidas naquela região e naquela safra distinta.

Ou seja, pela degustação horizontal, é possível atingir o conhecimento de certas influências que o terroir pode ter sofrido em razão de efeitos climáticos e que podem ter refletido nos sabores, nos aromas, no aumento ou na diminuição de taninos, da acidez e até da doçura do vinho.

Naturalmente, é possível observar variações na prática da degustação horizontal. Enquanto o senso comum é o descrito anteriormente, qual seja, mesmas categoria, variedade, região e safra, diferindo apenas o produtor; é perfeitamente admissível a realização de uma degustação horizontal com vinhos de uma mesma categoria, mas produzidos com uvas de diferentes castas.

Por exemplo, pode-se tomar vinhos tintos da safra de 2012, produzidos por diversas vinícolas da região do Douro, mas, produzidos a partir de castas diferentes como a Tinta Roriz, a Touriga Nacional, ou a Trincadeira.

Igualmente, são possíveis, as degustações horizontais, em que apenas a região ou o produtor sejam distintos.

Degustação vertical

A degustação vertical, por sua vez, dá-se pela prova de um único vinho de safras diferentes. De forma que a degustação proporcione a percepção de potenciais diferenças no sabor ou nos aromas de uma safra para outra.

Neste caso, poderia ser degustado, por exemplo, o vinho tinto do Vale do Bragão, da região do Douro, produzido em 2009, 2010, 2011, e finalmente 2012, uma safra muito especial. É muito interessante, a partir da degustação, entender a evolução deste rótulo de origem controlada.

Com o passar dos anos, a videira envelheceu e é possível que sua raiz esteja mais profunda, adquirindo novos nutrientes que podem tornar o fruto mais doce. Em uma safra, pode ter chovido mais, podendo resultar em maior abundancia de frutos, e na seguinte, muito pouco, e o efeito são frutos menores e mais ácidos. Assim, ainda que seja o mesmo vinho, cada safra será diferente da outra. Logo, a degustação vertical é, em si mesma, uma percepção da evolução do vinho.

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