Por que os vinhos precisam respirar?

É comum que alguns digam e muitos pensem que o processo de respiração do vinho, ao passá-lo da garrafa para um decanter antes de servi-lo, é mero ritualismo de algum sommelier preciosista. A verdadeira razão, porém, é bem mais complexa, e a prática justifica-se em si mesma.

O processo de respiração do vinho

De forma geral, abrir um vinho fino e servi-lo de imediato pode ser um equívoco. Os aromas e sabores de um vinho que foi mantido por muito tempo em uma garrafa podem não ter tempo para se expandir, e a experiência da degustação, que poderia ser extraordinária, será frustrante.

Longe de algum preciosismo, quando o vinho é aberto e entra em contato com o oxigênio, é reiniciada uma reação química, que ficou virtualmente adormecida durante o tempo em que esteve guardado em uma garrafa, ausente de luz, de oxigênio e de movimentação. Uma reação caracterizada pela expansão das moléculas do vinho, permitindo que os aromas principais e as notas que o enriquecem sejam liberados, tonando-se mais expressivos e, em igual medida, os seus sabores mais pronunciados, revelando a complexidade da estrutura do vinho.

De outra forma, dependendo da idade do vinho, pode ser necessário um tempo maior de oxigenação. O movimento de retirar o vinho da garrafa e transportá-lo para um recipiente que permita maior aeração, um decanter, por exemplo, acelera o processo de oxidação, liberando sua complexidade. Logo, vinhos jovens não necessitam deste nível de aeração, mas movimentá-lo em círculos na taça também favorece a expressão de seus aromas.

A necessidade de algumas categorias de vinhos

Naturalmente, quanto mais complexa a estrutura do vinho, maior será a necessidade de respirar antes de servi-los, pois são estruturados. Vinhos de menor complexidade, ou que foram produzidos para serem servidos de imediato, não prescindem de um longo processo de aeração. Nestes casos é suficiente deixar a garrafa aberta por 30 ou 40 minutos em temperatura ambiente. A mesma regra vale para vinhos de maior volatilidade, como os Vinhos Brancos e os Rosés.

Mas, quando a questão envolve vinhos encorpados e com grande potencial de guarda como o DOC Tinto da Vinha dos Ingleses, de aromas frutados, de estrutura densa e concentrada e de taninos destacados e macios, o ideal para este tipo de vinho é usar um decanter, tanto para evitar os sedimentos ao servi-lo, quanto para aumentar a expressão de seus sabores e aromas, valorizando a bela complexidade da estrutura deste vinho extraordinário.

Bons vinhos portugueses

Quando se fala de vinhos finos com estrutura complexa, com potencial de guarda, sabores marcantes e aromas únicos, os vinhos portugueses têm, cada vez mais, caído no gosto de apreciadores de todo o mundo.

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