Entenda o motivo da diversidade de cores das garrafas de vinho

Um vinho de qualidade é como uma joia e merece ser acondicionado em uma garrafa adequada, que valorize suas qualidades. É justamente por isso que há uma grande variedade de tipos de garrafas com formatos e cores. Vamos conhecer as razões para a utilização de diferentes materiais, formatos e colorações.

Vidro: tipos e cores

Invariavelmente, o vidro é o material utilizado para fabricar as garrafas de vinho por impedir que o vinho entre em contato com o ar, oferecendo resistência ao desenvolvimento de microrganismos e à oxidação.

O vidro também é a melhor opção de material por ser maleável, permitindo que a garrafa tenha o formato, a densidade e a cor desejada.

A garrafa precisa ser resistente para suportar a pressão do vinho em razão da fermentação, ainda que residual, durante o tempo de guarda.

A coloração da garrafa também é importante. A evolução do vinho precisa ser gradativa e natural. Se um vinho receber alta incidência de luminosidade seu amadurecimento poderá sofrer interferência pelo possível surgimento de microrganismos, especialmente no caso dos tintos. Por isso, a maioria das garrafas de vinho tem tons verdes e âmbar escuro, em alguns casos, em razão de terem maior capacidade de filtrar a entrada de luz do que garrafas incolores.

As garrafas incolores, por outro lado, têm seu lugar na valorização das cores dos vinhos rosé e bordeaux, no cristalino dos vinhos brancos e nos citrinos dos vinhos verdes.

Garrafas de vários formatos

Ao longo das gerações sugiram vários formatos de garrafas de vinhos, mas, em função de objetivos específicos, alguns formatos foram se firmando entre os produtores mais importantes. Vejamos alguns tipos de garrafas e suas características:

Bordeaux – a mais clássica das garrafas de vinho, popularizada além da Europa por acondicionar vinhos como o Cabernet Sauvignon e o Merlot. Suas principais características são os ombros altos e o pescoço alongado, favorecendo a retenção de resíduos.

Cantil – modelo tradicional utilizado nos vinhos alemães, mas, também, presente em algumas vinícolas portuguesas utilizadas para os vinhos rosés e alguns vinhos verdes portugueses. Seu formato abaloado é bonito, mas dificulta seu armazenamento.

Fiasco – uma garrafa de formato arredondado, com o bojo coberto de palha, mais popular nos vinhos italianos da região de Chianti.

Flauta alemã (ou Flute) – muito bonitas, garrafas estreitas e longas, sem ombros, típicas de vinhos Riesling ou Gewürztraminer, mas, também, no acondicionamento de alguns vinhos verdes portugueses.

Borgonha – uma garrafa criada para vinhos tintos como o Pinot Noir, depois sendo utilizado também para vinhos brancos como o Chardonnay. Sua principal característica são os ombros baixos e seu saliente repuxo, que aumenta a capacidade de coletar os resíduos naturais nos tintos.

Porto – uma garrafa de vidro mais espesso e projetada para suportar o envelhecimento por longo tempo. É a garrafa mais utilizada para vinhos fortificados, seus ombros altos contribuem para a retenção dos resíduos durante o tempo de amadurecimento.

Champagne – uma garrafa bem conhecida por ser utilizada nos espumantes, Essa garrafa é fabricada com vidro grosso capaz de suportar a pressão interna dos espumantes e um repuxo acentuado que aumenta sua resistência.

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Os vinhos portugueses têm características excepcionais, valorizadas pela tradição e modernidade que se entrelaçam desde o cultivo das cepas ao envaze dos vinhos em garrafas bonitas e adequadas.

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