Qual a relação da luz com o sabor de um vinho?

O vinho é uma bebida muito suscetível a influências. Seus sabores e aromas vão muito além das uvas que foram espremidas para tirar o mosto. É possível perceber sabores mineralizados, que representam a influência do solo em que as uvas foram cultivadas. Igualmente, há aromas no vinho que refletem, além das uvas, as vegetações em torno do vinhedo.

Faz diferença se o vinho é fermentado em tanques de aço, na garrafa ou em barris madeira. Neste último caso, ainda, o sabor e os aromas mudam se o barril é de carvalho ou de castanheira, se a madeira é nova ou tostada.

A fragilidade do vinho não termina nas influências descritas anteriormente. Um vinho é suscetível também às variações de temperatura, de umidade e até de luminosidade. Assim, vejamos como a luz pode afetar os vinhos.

Luz em excesso

Um vinho guardado em um ambiente com luz em excesso pode sofrer alterações no aroma ou mesmo em seu sabor. É por isso que a maioria das garrafas de vinho são feitas com vidro de tons bem escuros de verde ou âmbar, que age como um filtro, diminuindo a ação da luz sobre a bebida. Contudo, nem mesmo as garrafas mais escuras conseguem impedir completamente que raios ultravioletas alcancem o vinho, provocando alterações em sua consistência.

Um vinho continua amadurecendo, mesmo depois de engarrafado e armazenado na adega. Sua evolução, porém, precisa ser gradativa e natural. Se um vinho é armazenado em um ambiente que recebe alta incidência de luminosidade, seu amadurecimento poderá sofrer interferências. A luz que invade a garrafa, e o consequente calor que a acompanha, podem estimular o desenvolvimento de microrganismos, especialmente no caso dos tintos, afetando o aroma e o sabor do vinho. Em alguns casos, chegando a prejudicar de tal forma que o vinho pode se tornar impróprio para o consumo.

A luminosidade da adega

É por esta razão que as adegas são planejadas para serem ambientes com pouca luminosidade. A preocupação é manter os vinhos de guarda em boas condições de conservação, evitando que sejam afetados por alguma intervenção como a apresentada acima, e para que seu amadurecimento seja natural, atingindo o melhor de suas características com o passar dos anos, até o melhor tempo para serem servidos.

Nesse sentido, as adegas, sejam de um bom restaurante, ou algo mais doméstico, precisam contemplar a necessidade de armazenar os vinhos em condições que evitem interferências, como a movimentação das garrafas, a variação de umidade e as variações de luz e de calor. Adegas construídas no subsolo são excelentes para garantir as condições ideais de luz, temperatura e umidade. Mas, se a intenção for guardar bons rótulos em casa, escolha um ambiente em que a luminosidade possa ser controlada para evitar a incidência de luz, sobretudo da luz solar, sobre o local de guarda.

Outras luzes

Há também quem diga que as luzes e cores interferem na percepção de quem está bebendo o vinho.

Em uma pesquisa recente, desenvolvida pela Universidade Johannes Gutenberg, na Alemanha, envolvendo 500 pessoas, os resultados obtidos demonstraram que um mesmo vinho consumido sob luzes azuis ou vermelhas apresenta um sabor melhor, se comparado ao seu consumo em ambientes com iluminação verde ou branca.

É importante, no entanto, entender que esse estudo não demonstra que as características do vinho foram alteradas, mas a percepção dos consumidores.

Bons vinhos para guarda

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